segunda-feira, 23 de maio de 2011

vergonha de ser honesto

" De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, de rir-se da honra e de ter vergonha de ser honesto". Rui Barbosa.
Que sociedade estamos deixando para os ipuenses que virão depois desta geração?
Quais  conceitos e argumentos vamos usar para ensinar que ser correto, humano,   lícito, ainda vale a pena. O que dizer para um jovem que me diz que estudar não dá dinheiro, pois ele não conhece nehum rico que tenha terminado uma universidade nesta cidade.  Pensei em falar em trabalho, mas ele logo argumentaria que não sabe onde os ricos desta cidade trabalham. Só me resta o argumento que riqueza não é sinônimo de felicidade.
São poucos com muitoooooo e milhares com pouco.
Com exceção dos que enriqueceram ao longo de muito tempo, trabalhando duro, ou herdaram e multiplicaram, o Ipu tem se tornado o local onde uma classe emergente rica,  surge do nada.
Não vejo professores, dentistas, médicos, comerciantes de longa data desfilarem em carros novos, construírem mansões, viajarem, comprarem roupas caras.
O que está havendo nessa cidade?
A única coisa certa é que_ quem vive do seu trabalho dorme tranquilo, entra e sai de qualquer local sem se sentir apontado. Valoriza cada conquista e sem entrar na roda-gigante, vive uma vida com menos altos e baixos.
Ana Aragão. 
 

vergonha de ser honesto.