quinta-feira, 20 de junho de 2013

SOLIDARIEDADE É TUDO.

Dedico este espaço hoje às pessoas companheiras, amigas, que estão sendo solidárias. Aprendi muito nestes dias, levei pouquíssimos nãos. Encontrei tantas portas abertas, sorrisos largos, abraços solidários. Pedi uma linha e ganhei quatro. Pedi 100 lajotas e me ofereceram mil. Pedi uma ajuda para a mão de obra e me deram a mão de obra completa a partir da sapata.
O mais importante é que a maioria das pessoas doou sem nem conhecer os beneficiados.
Faz dias que a rotina do Corte é outra. São tantos ajudando, carregando lajotas, cavando, traçando massa, quebrando pedras. Dinheiro, só mesmo para os contratados; para os ajudantes voluntários, só um copo de refrigerante barato e um pão.
Nunca um trabalho foi tão árduo e ao mesmo tempo tão gratificante. É trabalho de formiga, pegando o que sobra da casa de uns, telhas usadas, linhas, portas, janelas. Pedindo carro para transportar. È uma saca de cimento daqui, aparelhos sanitários usados dali, mas no final as casas vão ficar lindas. Serão duas famílias vivendo dignamente, com uma sala, um quarto, uma cozinha e banheiro. Parece pouco, mas para eles é uma mansão.
Hoje eu vejo os moradores do Corte, que eu chamo de rua dos esquecidos, onde nem  a coleta de lixo  passa,  de uma maneira diferente. Tem muita gente boa, trabalhadora, o que falta é oportunidade.
Foram muitos os que comigo estão dividindo o peso da construção das duas casas. Falta muita coisa, mas sei que vai dar certo, porque toda vez que eu acho a cruz pesada, Deus me envia um exército e me mostra que isso não é nada diante de tudo de bom que ele me deu e me dá todos os dias. 

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